PUBLICIDADE

Página Principal : Artes


As 7 Maravilhas da Antiguidade; Farol de Alexandria


Publicidade



Quando Alexandre da Macedônia passou a empreender uma jornada contra os persas, ele foi bem recebido pelos egípcios porque viam nele mais do que um conquistador, alguém em condições de libertar gregos e egípcios do domínio persa.
Em respeito à esta consideração, ele dirigiu-se para a região de Siwa em um pequeno vilarejo de pescadores para ser consagrado faraó legítimo. Nesta viagem ficou interessado em fundar uma cidade naquele local, a primeira de uma série, a cidade de Alexandria.
Ela se situa à 20 milhas ao Oeste do delta do rio Nilo por se tratar de uma região em que o lodo e a lama trazidos pelas águas do Nilo não bloqueariam o porto da cidade.
Ao sul encontramos o lago Mareotis que foi ligado posteriormente ao Nilo conferindo então à cidade de Alexandria dois portos permitindo as trocas comerciais com o Mar Mediterrâneo ao Norte e ao Sul a conecção com o rio Nilo. Nestas condições, os dois portos sempre permaneceram profundos e limpos.
Alexandria foi fundada em 332 a.C. e veria seu mentor morrer de maneira misteriosa onze anos depois em 323 a.C.. Ptolomeu Soter novo líder do Egito efetuou as obras que completariam o que fora iniciado por Alexandre.
Em razão da sua condição estratégica e mesmo porque a forma de conecção segura com o Mar Mediterrâneo lhe conferia uma próspera condição comercial, houve a elevação de seu status o que tornou a cidade muito rica durante séculos e até os dias de hoje, a cidade de Alexandria permanece próspera visto que, é a segunda maior cidade do Egito moderno.
Ainda no período em que Alexandre vivia e liderava o império grego, ele determinou que todos os conhecimentos encontrados em todos os povos dominados e que faziam parte de seu reino viessem a ser centralizados na famosa biblioteca de Alexandria, esta cidade seria também um importante centro de cultura e de ensino, isso foi muito bem visto e continuado de maneira intensa por Ptolomeu Sóter (Ptolomeu I) seu sucessor, porque ele era um homem de muita cultura e se interessava em tudo o que se relacionava com os conhecimentos.
Seu filho Ptolomeu II era reconhecidamente um apaixonado pela coleção de livros chegando a adquirir bibliotecas inteiras (a biblioteca de Aristóteles foi uma delas), reunindo assim milhares de pergaminhos, códices e rolos de todos os cantos da Terra em que tivesse contato comercial. Calímaco autor do primeiro catálogo em Alexandria registrou mais de 500.000 exemplares. No seu final, a Biblioteca de alexandria continha mais de 700.000 registrados.
De tão numerosa que ficou, Ptolomeu Evergeta (Ptolomeu III), precisou reunir parte no anexo do templo de Serápis.
Mas as práticas comerciais na cidade recém formada passaram a ser cada vez mais intensas e a navegação uma constante na região permitindo desde pequenas colisões e naufrágios até a perda de muita mercadoria.
Com isso Ptolomeu viu a necessidade de se construir um farol em 290 a.C. que viria a ser finalizado vinte anos depois em 270 a.C.. Para realização, o serviço foi determinado à Sóstrates de Knidos, um homem inteligente e que por sua façanha, teria se sentido orgulhoso pelo feito e pediu à Ptolomeu Filadelfo (Ptolomeu II filho de Ptolomeu I), que seu nome estivesse na fundação. O atual governante não aceitou o pedido de Sóstrates e determinou que o seu nome (Ptolomeu II) fosse o único a constar na construção. Sóstrates então escreveu: "Sóstrates filho de Dexifanes de Knidos em nome de todos os marinheiros para os deuses salvadores" , colocando sobre esta inscrição uma espessa camada de gesso onde escreveu o nome de Ptolomeu. Ao passar dos anos, o gesso caiu por envelhecimento revelando então a verdadeira autoria declarada por Sóstrates, seu inteligente autor. O local da edificação foi a ilha de Pharos e em pouco tempo a construção passou a ser tratada de farol que por sua influência forte tornou-se sinônimo de Lighthouse (casa de luz em inglês) e nas línguas latinas, o significado de um pilar com iluminação ao topo passou a ser denominado farol. Suas medidas são estimadas por variações descritas no séc. 10 d.C. feitas por viajantes de Moor, Idrisi e Yusuf Ibn al Shaikh. Por estas descrições ele tinha 300 cúbicos de altura, uma medida que varia de acordo com o local de origem, tornando-se obrigatório estimar sua altura entre 450 e 600 pés (137,16 a 182,88 metros). Ele se parecia com os prédios modernos denominados arranha-céu. Possuía três partes construídas uma sobre a outra sendo a primeira quadriculada com perto de 200 pés de altura e 100 pés nas laterais do quadrado de sua base. Sendo em formato quadriculado na primeira parte, ele teria então 30,48 x 30,48 metros de base com 60,96 metros de altura. Teria sido edificado em blocos de mármore com uma espiral interna que permitia a circulação e subida de cavalos. Acima desta forma existia um cilindro para a cúpula aberta em que o fogo iluminava o farol. Sobre esta cúpula estaria uma enorme estátua de Poseidon. A segunda parte era octogonal e a terceira cilíndrica. Ele dispunha de equipamentos de medição, posicionamento do Sol, direção dos ventos e as horas do dia. Além de ser dotado de alta tecnologia para o seu tempo, era um verdadeiro símbolo da cidade e servia como referência para atrair diversos cientistas e intelectuais da antiguidade.


Veja mais em: Artes

Artigos Relacionados


- Cleópatra
- Menelau De Alexandria
- Farol Vermelho? Não Era Amarelo?
- Aristarcos De Samos
- Alexandre O Grande E Bucefalo.
- História Do Egito Antigo
- O Egito


 
Sobre o site: Quem Somos |  Contato |  Ajuda
Sites Parceiros: Curiosidades |  Livros Grátis |  Resumo |  Frases e Citações |  Ciências Biológicas |  Jogos Online