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Guia de História da Arte


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Nos anos imediatamente a seguir ao final da I Grande Guerra, afirma-se a necessidade de uma revisão da actividade artística, destinada a revigorar a linguagem pictórica que as vanguardas tinham alterado. É neste período que se reforça a tendência para depurar a pesquisa artística de excessos de experimentalismo e de qualquer polémica com o sistema social e cultural. Neste clima de ?regresso à ordem? aumenta o interesse por uma representação da realidade que privilegie os valores formais: equilíbrio e rigor da composição, clareza e solidez do conjunto figurativo. Procura-se uma ?modernidade? liberta dos entusiasmos e dos clamores vanguardistas, e tendente a reflectir sobre os elementos próprios da pintura: formas, volumes e cores, estudados no interior de uma composição mais serena. Daí deriva a reabilitação dos valores culturais tradicionais e, com eles, das obras figurativas do passado. A partir de 1911, GIORGIO DE CHIRICO elabora uma linguagem própria baseada nas sugestões da pintura romântica e decadente e da memória do mundo clássico, evocado em cenografias arquitectónicas e em atmosferas mágicas que anunciam o período ?metafísico? seguinte.

Publicada entre 1918 e 1922, a revista ?Valori Plastici? é dirigida pelo pintor e coleccionador MARIO BROGLIO e conta com a colaboração de GIORGIO DE CHIRICO, CARLO CARRÀ, Savinio e de outros jovens artistas italianos (Giorgio Morandi,?). A reflexão teórica desenvolvida na revista, incide sobretudo na arte contemporânea, concebida como linguagem que parte da tradição e que continuamente actualiza a sua ligação ao classicismo, aludindo a uma relação entre presente e passado, baseado na continuidade.

GINO SEVERINI, a partir de 1916-1917, com o seu quadro Maternidade, retoma o estilo clássico, servindo-se ao mesmo tempo, dos ensinamentos cubistas no plano formal. Após a experiência metafísica, a abordagem de DE CHIRICO à arte do passado é orientada de um modo diferente. Por volta de 1919, executa ?cópias? de quadros célebres de Lotto, Miguel Ângelo e Rafael, aprofundando sucessivamente o tema, que se tornará obsessivo, da pintura do séc. XVII.

Próximo do espírito do grupo encontramos GIORGIO MORANDI, que aborda a experiência metafísica quase como uma consequência natural da sua constante atenção à geometria compositiva dos volumes e ao tonalismo das combinações cromáticas. A forma como capta e associa os elementos da realidade, aproxima-o da arte dos primitivos e, em especial, de Giotto e dos mestres do início do séc. xv, como se nota na série de naturezas-mortas pintadas por volta de 1920.

À situação italiana e francesa há que acrescentar, entre final dos anos 10 e início dos anos 20, a chamada NOVA OBJECTIVIDADE (Neue Sachlichkeit) alemã. Para além de retomar as bases da cultura artística nacional, essa corrente insere-se na arte expressionista, reelaborando ao mesmo tempo, soluções próprias da pintura metafísica.

Entre os representantes mais significativos deste movimento, GEORGE GROSZ e OTTO DIX ocupam um lugar especial, com uma obra, pictórica e gráfica, caracterizada pelos tons de feroz sátira política.

Nos Estados Unidos, por volta dos anos 20 criam-se as condições para a recuperação de uma tradição REALISTA puramente americana. A figura de relevo desta tendência é EDWARD HOPPER, cuja pintura, fortemente evocativa e introspectiva, oferece um retrato anónimo e desolado da vida nos E.U.A.



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