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Cheiro de infância


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Não costumo escrever na primeira pessoa. Até por vício de profissão, quando vejo já estou escrevendo na terceira, como um simples espectador da realidade que me envolve. Mas hoje vou abrir uma exceção, pois vou escrever sobre um tema que remete à minha infância e, tenho certeza, a muitos de minha geração.

Andando pelas ruas de Porto Alegre (RS, Brasil) nestes dias quentes do começo de março já sinto um cheiro diferente no ar. Em algumas calçadas, inclusive, preciso desviar das frutas que caem neste período. Sim, o que sinto é o cheiro de goiaba. Na realidade, cheiro de minha infância.

Impossível não lembrar das subidas e dos riscos de escalar o sempre escorregadio tronco da goiabeira. E o Elson Sempé, meu colega de trabalho, que o diga, pois dias atrás despencou de uma goiabeira e não se matou por sorte. Mas não o culpo pela estripulia que cometeu. Por vezes, ao sair do trabalho fico com uma puta vontade de subir numa goiabeira, mas aí meus sapatos e minhas calças me fazem lembrar que seria uma estupidez tremenda encarar a árvore. Fico, assim, só com o cheiro.

E o cheiro de goiaba é mesmo irresistível para mim. Ele me faz lembrar dos tempos de menino, de meu avô levando-me pela mão ao colégio, dos primeiros "amores" da infância, dos recreios na escola, das longas (e, ao mesmo tempo, curtas) tardes jogando bola, taco, esconde-esconde, pega-pega, soltando pipas, andando de bicicleta.

Mas de todas as lembranças, a mais forte que me vem à cabeça é a de minha avó materna (viva ainda hoje, graças a Deus, com seus 92 anos) fazendo chimíer (a gente chama de chimia mesmo). Ah, aquele cheiro invadia a casa toda, dava água na boca e lembrava que, no inverno, que logo chegaria, eu estaria comendo uma fatia de "pão-de meio-quilo" com aquela deliciosa chimia e uma boa xícara de café com leite. Que cheiro de infância que me traz a goiaba.


Não costumo escrever na primeira pessoa. Até por vício de profissão, quando vejo já estou escrevendo na terceira, como um simples espectador da realidade que me envolve. Mas hoje vou abrir uma exceção, pois vou escrever sobre um tema que remete à minha infância e, tenho certeza, a muitos de minha geração.

Andando pelas ruas de Porto Alegre nestes dias quentes do começo de março já sinto um cheiro diferente no ar. Em algumas calçadas, inclusive, preciso desviar das frutas que caem neste período. Sim, o que sinto é o cheiro de goiaba. Na realidade, cheiro de minha infância.

Impossível não lembrar das subidas e dos riscos de escalar o sempre escorregadio tronco da goiabeira. E o Elson Sempé, meu colega da Câmara e colaborador aqui do blog, que o diga, pois dias atrás despencou de uma goiabeira e não se matou por sorte. Mas não o culpo pela estripulia que cometeu. Por vezes, ao sair do trabalho fico com uma puta vontade de subir numa goiabeira, mas aí meus sapatos e minhas calças me fazem lembrar que seria uma estupidez tremenda encarar a árvore. Fico, assim, só com o cheiro.

E o cheiro de goiaba é mesmo irresistível para mim. Ele me faz lembrar dos tempos de menino, de meu avô levando-me pela mão ao colégio, dos primeiros "amores" da infância, dos recreios na escola, das longas (e, ao mesmo tempo, curtas) tardes jogando bola, taco, esconde-esconde, pega-pega, soltando pipas, andando de bicicleta.

Mas de todas as lembranças, a mais forte que me vem à cabeça é a de minha avó materna (viva ainda hoje, graças a Deus, com seus 92 anos) fazendo chimíer (a gente chama de chimia mesmo). Ah, aquele cheiro invadia a casa toda, dava água na boca e lembrava que, no inverno, que logo chegaria, eu estaria comendo uma fatia de "pão-de meio-quilo" com aquela deliciosa chimia e uma boa chícara de café com leite. Que cheiro de infância que me traz a goiaba.


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