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...5, 6, 7, ?... Do Oito ao Infinito


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Esta dissertação de mestrado apresenta a dança do ventre como tema válido para a pesquisa acadêmica, partindo da constatação de que essa manifestação artística foi pouco estudada nos meios universitários brasileiros, já que não constava de monografias, dissertações ou teses existentes nas principais bibliotecas do país quando foi escrita entre os anos de 2004 a 2006. Essa invisibilidade e o silêncio sobre o tema, no entender da pesquisadora, se devem a um preconceito sobre essa dança e aos equívocos relacionados a sua prática.

Devido à escassez de referências bibliográficas sobre a dança do ventre, o primeiro passo da pesquisa foi o desenvolvimento de uma metodologia para abordar o tema, apoiada em entrevistas e pesquisa de campo, bem como em dados teóricos disponíveis nos poucos livros encontrados e em páginas eletrônicas publicadas na internet. Essa metodologia teve como suporte a leitura de outros textos escritos por autores como Gaston Bachelard, Antonin Artaud, Gilles Deleuze e Felix Guattari, Michel Foucault, Clifford Geertz, Luigi Pareyson, Homi Bhabha, entre outros. E ainda que tenha havido o apoio nos discursos de alguns teóricos de outras disciplinas, o objetivo foi criar uma metodologia própria para abordar a dança (do ventre), construindo um saber artístico sobre ela, buscando romper com uma tendência parasitária e superficial, muito comum entre os estudiosos das artes em geral.

Na primeira parte do texto se apresenta uma contextualização teórica da dança do ventre na contemporaneidade. Em seguida, são localizadas as tentativas infrutíferas de se traçar uma história linear que remeta às supostas origens dessa dança, percebendo-se que o panorama onde está inserida se assemelha a um rizoma ? termo emprestado da botânica pelos filósofos Gilles Deleuze e Félix Guattari, para desenvolver um conceito de rede conectiva de vários sentidos. Assim, a conclusão é a de que mais importa validá-la como prática artística do que reescrever uma história que dê conta do trajeto percorrido por essa dança no oriente e no ocidente.

Dentre as descobertas realizadas no percurso dessa pesquisa, destaca-se a constatação de que a dança do ventre não é uma prática exclusivamente feminina e que apesar da filtragem sexual que criou a idéia de que seus movimentos não eram adequados ao corpo masculino, a resistência cultural faz com que a prática masculina sobreviva até hoje. Além disso, essa dança pode auxiliar a ruptura da fragmentação no treinamento de artistas, bem como abrir possibilidades de reflexão sobre arte, corporeidade, limites e preconceitos.

Por fim, o texto afirma que dança do ventre é uma arte híbrida, misturada, o que segundo os conceitos de Homi K. Babha faz com que ela não seja oriental nem ocidental, mas um ?além?, que não se encaixaria em nenhuma definição essencialista.


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