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Forrest Gump


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Depois de ganhar tantos Oscars, este filme tornou-se uma unanimidade; um dos melhores dramas já realizados, com toques sutis de comédia. A história do rapaz inocente, que participa de alguns dos momentos mais importantes da história americana entre as décadas de 50 e 80, é hoje um dos grandes favoritos de todos.

Qual o segredo deste filme? Entre a magnífica atuação de Tom Hanks, a direção segura de Robert Zemeckis, os efeitos especiais que confundem ficção com realidade, a trilha sonora inesquecível (incluindo a música-tema de Alan Silvestri), o brilho dos coadjuvantes Sally Field, Robin Wright Penn, Gary Sinise, e o roteiro de Eric Roth, adaptando o romance de Winston Groom, ficamos com todos.

Tom Hanks já provou o grande ator que é; com este filme, conseguiu a façanha de ganhar dois Oscars de Melhor Ator em anos consecutivos. Merecido, principalmente pela cena em que ele descobre que tem um filho e pergunta a Jenny se ele é normal. A expressão em seu rosto transmite toda a emoção sentida pelo personagem, da alegria à preocupação e ansiedade, e finalmente ao alívio e novamente à alegria.

Outras cenas inesquecíveis são quando Jenny volta à sua casa da infância e nela atira as sandálias, e depois pedras, e então Forrest comenta: 'Às vezes, acho que nunca há pedras suficientes' (Sometimes, I guess there's just not enough rocks). Ou quando Jenny pergunta:
'- Você teve medo no Vietnã?
- Sim. Bem...eu- eu não sei. Às vezes a chuva parava o suficiente para que as estrelas aparecessem.. e então era bonito. Era como antes do pôr-do-sol na baía. Havia sempre um milhão de estrelas na água... como aquele lago na montanha. Era tão claro, Jenny, parecia que havia dois céus, um em cima do outro. E então no deserto, quando o sol nascia, eu não podia dizer onde o céu acabava e a terra começava. É tão bonito.
- Eu queria ter estado lá com você.
- Você estava.'

Os efeitos especiais permitiram a Forrest 'contracenar' com personagens históricos como John Kennedy, Richard Nixon, John Lennon, Lyndon Johnson e outros.
Mas a essência do filme é a inocência de Forrest, e seu amor por Jenny. Uma garota confusa, que passou por situações difíceis e reagiu a elas do modo errado, fugindo de si mesma, ao mesmo tempo em que tentava se encontrar. Seu porto seguro é Forrest, que a amou incondicionalmente toda sua vida, e em quem ela encontra o amor e a segurança que buscou em vão, antes de voltar para casa.

Sempre nos lembraremos de frases memoráveis como 'A vida é uma caixa de chocolates: você nunca sabe o que vai encontrar', ou 'Estúpido é quem faz estupidez', ou ainda 'Meu nome é Forrest Gump. As pessoas me chamam de Forrest Gump', e 'Corra, Forrest, corra!'.

E isso é tudo o que eu tenho a dizer sobre isto.

Filme x Livro

Ou não. Depois de assistir ao filme muitas vezes, li o livro de Winston Groom, no qual o roteiro foi baseado. Há grandes diferenças entre a história do filme e a história do livro. O Forrest do filme é um rapaz essencialmente inocente, mas com consciência de suas limitações mentais; no livro, ele tem mais malícia, embora também seja consciente de sua situação. A inocência não está presente; ele sabe que é limitado intelectualmente, mas é um pouco 'malandro'.

O Forrest do livro é um idiot savant; um idiota sábio, como o autista de Dustin Hoffman em Rain Man. Mas ele não é autista, e revela uma grande percepção das coisas ao seu redor. No início do livro (usando a famosa comparação que foi alterada - para melhor - no filme), ele comenta:

'Deixem-me falar uma coisa: ser um idiota não é uma caixa de chocolates. As pessoas riem, perdem a calma, te tratam como lixo. Dizem que as pessoas devem tratar bem quem está em dificuldades, mas vou dizer ? nem sempre é assim. De qualquer maneira, eu não posso reclamar, porque acho que tive uma vida interessante, por assim dizer.'

Interessante é pouco; episódios inteiros que estão no livro não foram contados no filme; Sue, o macaco, Rachel Welch, Forrest como astronauta, o resgate de Mao, a luta-livre, os pigmeus canibais, o campeonato de xadrez, são algumas das histórias que só existem no livro. O final da história de Jenny e Forrest é completamente diferente do que no filme.

Apesar do livro ser muito interessante, falta-lhe a magia e o lirismo que Eric Roth e Robert Zemeckis criaram. Na maioria das vezes eu prefiro o livro ao filme, mas esta foi uma agradável exceção.

(Trecho de artigo publicado em http://www.terracotabolsas.com/rato/?p=19)


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