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Da Vida Nada Se Leva


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Martin Vanderhof era o patriarca de uma família muito louca. No passado, ele tinha sido um executivo sério e compenetrado, preocupado com dinheiro como a maioria das pessoas. Um dia, no elevador a caminho de seu escritório, percebeu que não era feliz. Desceu novamente ao térreo e saiu dali para nunca mais voltar. Estava decidido a só fazer o que gostava. Sabia que teria menos dinheiro, mas mais felicidade. Voltou a tocar gaita, a colecionar selos, a ler os livros que admirava. Começou, de fato, a viver. Essa guinada na vida de Vanderhof tinha acontecido há trinta e cinco anos.
No início da estória, na casa do vovô Vanderhof, todos os familiares e agregados partilhavam de sua excêntrica e divertida maneira de viver: só faziam o que gostavam e tinham como principal objetivo a diversão e o prazer. Para viver, vendiam doces e fogos de artifício.
Na casa vivia a filha de Vanderhof, Penny, e seu marido Charles. Penny escrevia literatura infato-juvenil apenas porque, um dia, entregaram uma máquina de escrever na casa por engano. Penny brincava que, se tivessem entregado uma vaca, ela teria virado fazendeira. Charles, por sua vez, fazia fogos de artifício no porão e buscava a explosão perfeita. Toda a família já estava acostumada ao barulho. Penny e Charles tinham duas filhas: Essy, que sonhava em ser bailarina e passava o dia dançando pela casa e Alice, secretária de Tony Kirley, filho de um banqueiro milionário. Também viviam ali Joe (um compositor, marido de Essy), Sr. Poppin (um inventor e construtor de brinquedos) e o russo Nikolaief (professor de dança de Essy). Esses personagens excêntricos eram adorados pelos vizinhos, que admiravam sua forma feliz e despreocupada de encarar a vida.
O conflito surgiu quando Alice e o patrão Tony se apaixonaram e decidiram se casar. O problema, em primeiro lugar, era a absurda diferença de comportamento das famílias. Enquanto Alice vivia com aqueles ?loucos?, Tony era filho do milionário Sr. Kirley e da antipática perua de alta sociedade Sra. Kiley. Os dois eram pessoas super preconceituosas e convencionais e desejavam para Tony um casamento com uma moça da alta sociedade. O jovem casal temia o choque entre famílias tão diferentes. Para complicar ainda mais, o Sr. Kirley tinha o projeto de construir uma imensa fábrica e, para isso, precisava comprar doze quarteirões de casas para demolir. O único proprietário que se negava terminantemente a vender sua casa era justamente o vovô Vanderhof (em primeiro lugar, porque a casa lembrava-lhe sua falecida esposa. Em segundo, porque mantendo-a, impedia o Sr. Kirley de expulsar do bairro as pessoas que viviam em casas alugadas).
Apesar dos problemas, Alice e Tony estavam decididos a ficar juntos e marcaram um jantar para que as duas famílias se encontrassem. Alice começou a preparar tudo para receber os prepotentes Kirley, mas Tony teve a idéia de levá-los um dia antes do combinado. Ele queria que os pais conhecessem a família de Alice como realmente era, sem nenhuma preparação ou representação. Apesar da boa intenção, a idéia foi um desastre. Os Kirley ficaram chocados com a ?loucura? da família Vanderhof e ficaram ainda mais contrários ao casamento. Triste, Alice brigou com Tony. Disse que não queria mais se casar e, para se afastar dele, foi viver em outra cidade.
O vovô Vanderhof não queria ficar longe de Alice. Achou que era hora de uma mudança e, para espanto do advogado de Kirley, finalmente aceitou vender a casa.
Tony não aguentava de saudade de Alice e foi até a casa dos Vanderhof para tentar descobrir onde ela estava. Justamente nesse instante, Alice voltou. Tinha ouvido dizer que o vovô queria vender a propriedade e era contrária a essa decisão.
Enquanto isso, os comparsas do Sr. Kirley comemoravam a vitória. Finalmente, poderiam construir a fábrica. Kirley, porém, não estava feliz. Pesava-lhe na conciência saber que essa vitória causaria a falência de um rival e desapropriaria diversas famílias de suas casas. Kirley começara a perceber a futilidade de sua vida e de sua riqueza. Sentia-se envergonhado de sua frieza e desonestidade. Então, aconteceu com ele o mesmo que acontecera com Vanderhof trinta anos antes. Ele teve um insight dentro do elevador. Desceu novamente ao térreo e abandonou tudo. Na casa dos Vanderhof, disse que tinha desistido de construir a fábrica e que teria orgulho de ver seu filho casado com Alice. Seria uma honra para ele tornar-se parente dos Vanderhof.
O velho Kirley voltou a tocar gaita (coisa que não fazia desde adolescente), voltou a se divertir e tinha esperanças de, em pouco tempo, modificar também a vida de sua esposa. Tony e Alice se casaram, os Vanderhof continuaram em sua casa e o bairro não foi mais demolido.


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