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O Ensino da História e as Novas Competências para Ensinar


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No século XVIII, duas tradições foram unificadas: a do discurso enciclopédico e a da elaboração metodológica. Esta última, no século XIX remodelou, de maneira mais orgânica, pela adoção do método científico, dado pela concepção positivista que adotando a linguagem das ciências naturais, estabeleceu um novo sentido da história. No Brasil, a constituição da história ocorreu no interior dos mesmos movimentos de organização do discurso laicizado sobre a história universal. A História se apresenta como uma das disciplinas fundamentais no processo de formação de uma identidade comum na obra de organização da nação brasileira. Depois da Segunda Guerra Mundial este movimento se deu, tanto pelas modificações intrínsecas à constituição do próprio discurso histórico, quanto pelas modificações que alteram a feição e a natureza da escola secundária. O ensino da história, portanto é um processo em contínua transformação e adaptação à realidade dos alunos e da sociedade como um todo. Neste processo, é indispensável que o professor acompanhe as transformações e procure continuamente se adaptar as novas demandas do ensino. Par isto o professor deve procurar desenvolver Novas Competências para Ensinar. Existem dez grandes famílias de competências que tenta apreender o movimento da profissão. 1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem. É manter um espaço justo para tais procedimentos. E, sobretudo despender energia e tempo e dispor das competências profissionais necessárias para imaginar e criar outros tipos de situações de aprendizagem, que as didáticas contemporâneas encaram como situações amplas, abertas, carregadas de sentido e de regulação. 2. Administrar a progressão das aprendizagens. Todo ensino deveria ser concebido em uma perspectiva em longo prazo. A progressão das aprendizagens não deveria se limitar ao ano letivo, às atividades em andamento e ao capítulo aberto do programa. Os movimentos rumo à individualização dos percursos de formação e à pedagogia diferenciada levam a que se pense a progressão de cada aluno. 3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação. Para que cada aluno progrida rumo aos domínios visados, não basta que a situação de aprendizagem tenha sentido, o envolva e mobiliza. Deve também solicitá-lo em sua zona de desenvolvimento próximo. Diferenciar é romper com a pedagogia frontal e criar uma organização do trabalho e dos dispositivos didáticos que coloquem cada um dos alunos em uma situação ótima, priorizando aqueles que têm mais a aprender. 4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho. Ter mais tempo é uma das condições necessárias para envolver mais os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho, porém a competência requerida é de ordem didática, epistemológica, racional. São competências específicas: Suscitar o desejo de aprender; Instituir e fazer funcionar um conselho de alunos; Oferecer atividades opcionais de formação; Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno. 5. Trabalhar em equipe. A cooperação é um meio que deve apresentar mais vantagens do que inconvenientes. As competências mais precisas enumeradas neste referencial são: Elaborar um projeto em equipe; Dirigir um grupo de trabalho; Formar e renovar uma equipe pedagógica; confrontar e analisar em conjunto situações complexas; Administrar crises ou conflitos interpessoais. 6. Participar da administração da escola. Quatro componentes são escolhidos para formularem uma resposta à questão da participação dos professores na administração da escola: Elaborar, negociar um projeto da instituição; Administrar recursos da escola; Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros; Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos alunos. 7. Informar e envolver os pais. O diálogo com os pais, antes de ser um problema de competências, é uma questão de identidade, de relação com a profissão, de concepção do diálogo e de divisão de tarefas com a família. Informar e envolver os pais são, portanto, palavras de ordem e, ao mesmo tempo, uma competência. O referencial retém três componentes: Dirigir reuniões de informação e de debate; Fazer entrevistas; Envolver os pais na construção dos saberes. 8. Utilizar novas tecnologias. A escola não pode ignorar as novas tecnologias da informação e da comunicação que transformam espetacularmente não só nossas maneiras de comunicar, mas também de trabalhar, de decidir, de pensar. Porém, colocar as novas tecnologias no centro da evolução do ofício do professor, particularmente na escola de ensino fundamental, seria desproporcional em relação aos outros aspectos em jogo. 9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão. É preciso que se criem situações que facilitem verdadeiras aprendizagens, tomadas de consciência, construção de valores, de uma identidade moral e cívica. Cinco competências específicas são fixadas: Prevenir a violência; Lutar contra os preconceitos e a discriminações; Participar da criação de regras de vida comum; Analisar a relação pedagógica; Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça. 10. Administrar sua própria formação contínua. Saber administrar sua formação contínua requer cinco componentes principais distintos: Saber explicitar as próprias práticas; Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação contínua; Negociar um projeto de formação comum com os colegas; Envolver-se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou do sistema educativo; Acolher a formação dos colegas e participar dela. As competências adquiridas devem ser aplicadas até mesmo na construção de competências novas. Ajudar a formular e a estabilizar uma visão clara do ofício e das competências é uma das principais funções dos referenciais de competências, pois é um meio para os profissionais construírem uma identidade coletiva.


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