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Rio de Janeiro: a cidade mais feliz do mundo


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  Rio: a cidade mais Feliz do Mundo!





           O paraíso é aqui, disso não tenho mais dúvida, e Deus é brasileiro tendo nascido no Rio de Janeiro. Peço aos leitores que não desliguem a crônica, simplesmente passando para a próxima página do site, diante de meu ataque recente de ufanismo nacionalista exacerbado. Dessa vez a afirmação não é minha, não é vã e passageira, como as chuvas refrescantes das tardes de verão; a constatação da vocação paradisíaca de nossas terras vem de fora, de outro mundo, sob o selo de qualidade que somente uma revista como a Forbes poderia consagrar.


            Uma pesquisa, realizada pela citada revista, constatou que o nosso Rio de Janeiro é a cidade mais feliz do mundo. Desde que a visitei pela primeira vez, senti ali uma presença de humanidade entre as pessoas. Não que na minha cidade tal afeto não ocorra, mas a receptividade é diferente. Senti-me sempre muito à vontade nas calçadas, nas praias, nas praças e nos estabelecimentos cariocas que frequentei. Arranjar conversa é fácil. O carioca conversa sobre tudo, mesmo que não conheça coisa alguma a respeito do que é discutido. Torna-se logo íntimo da gente e convida para sair, tomar uma cerveja, andar pelo calçadão sendo um ótimo anfitrião, pelo menos nas vezes em que lá estive. No entanto, nada disso pesou na pesquisa que reuniu respostas de dez mil pessoas em 20 países. No cruzamento final dos dados, buscando-se a melhor percepção do que seria uma cidade feliz, o Rio se destacou deixando em segundo lugar Sydney e em terceiro Barcelona. A fabulosa Paris, de tantos encantos, ocupou a nona colocação e Buenos Aires vem em décimo, logo atrás.


            O ideário que os estrangeiros fazem da cidade é a de um lugar dançante, devido ao Carnaval, às praias tendo ao fundo o verde das montanhas, e ao verão que praticamente se estende pelo ano inteiro. O cinema americano é pródigo em vender a capital Carioca como uma Meca de diversão e prazer. Em 1933 o filme Voando para o Rio, com os passos mágicos de Fred Astaire e Ginger Rogers começou a moldar, no imaginário estrangeiro, a noção de que não existe pecado do lado de baixo do Equador.


            O próprio Pato Donald passou por aqui e quem o apresentou às nossas maravilhas através da Disney? O anfitrião não poderia ser outro senão o nosso querido Zé Carioca, criado, segundo constam, com o propósito de angariar a simpatia dos irmãos do sul à causa americana de combater o comunismo, mas isso são águas passadas. O que importa, segundo o consultor Simon Anholt que realizou a pesquisa em conjunto com o instituto de pesquisa de mercado GFK Custom Research North America, é que ¨o Brasil é associado ao bom humor, a um bom estilo de vida e ao Carnaval¨. E ainda: ¨a imagem clássica que as pessoas têm do Rio é uma imagem de felicidade¨, afirma.


            O leitor crítico está com uma bateria de questionamento contrários engasgados na garganta, prontos a disparar rajadas de bravatas tracejantes, furando barracos e coberturas na Zona Sul, descendo a ladeira em arrastões, acumulando-se nas ruas, nos canais, na orla e derramando-se pela Baía da Guanabara como lixo, além de querer saber do crime que é esquecer do tráfico, do caos do trânsito, das desigualdades, dos acúmulos de miséria nos morros, e de tantas outras qualidades, mas não vou falar de nada disso. Vou manter o Rio, e o Cristo, uma das Sete Maravilhas, no local que merecem: na imaginação e na esperança de que tudo, um dia, seja perfeito e acabado, assim como os passos de Astaire...


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