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Análise do Tratado do Bispo de Cartago, São Cipriano (200-258): De Mortalitate - Moral e Ética


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Análise do Tratado: De Mortalitate O tratado do São Cipriano, ?De Mortalitate? é uma intensa meditação sobre a morte para fortalecer a caminhada de todos os cristãos, escrito no período entre (252-254), quando apareceu a peste que marcou a história e a vida de seres humanos daquela época. É importante observarmos que este tratado é escrito dentre de um tempo, onde os fatos sócio-religiosos que ocorriam tiveram grande influência na construção do pensamento de São Cipriano. A peste de 252 será o tema central da análise do meu trabalho, pois neste período a atuação episcopal de São Cipriano, nos deixou um legado maravilhoso em seus tratados, especificamente o ?De Mortalitate?. Cipriano demonstra um caráter forte de pastor tentando animar a sua comunidade a não perder a fé nos momentos difíceis da vida. Na época considerada de calamidade, o Bispo de Cartago escreve três importantes tratados: De mortalitate; De opere et eleemosynis; Ad Demetrianum. São Cipriano exortava o estoicismo cristão, e preparava a comunidade para o conhecimento de uma ?teologia da morte vista como chamado de Deus, accersitio dominica? <1> . O tratado ?De Mortalitate?, nos é apresentado com vinte seis parágrafos, analisarei alguns: I) Cipriano aponta a fé como base para aceitar a morte. Neste mesmo parágrafo o Bispo de Cartago faz um comentário sobre a condição dos que fraquejaram na fé, ou seja, os lapsos. Noto, porém, que alguns dos fiéis sustentam o combate com menor vigor, e ? seja por fraqueza de caráter, seja por falta de fé, seja pelos encantos da vida no século ou pela fraqueza do sexo, seja ainda, o que é mais grave, por um erro de doutrina ? não fazem valer a força divina e invencível que trazem dentro de si (De Mortalitate 1, ed 1941) <2> II) Tomando o testemunho de Cristo, o Pastor toca na realidade, fazendo-nos compreender que a morte deve ser entendida com o olhar humano da fé. O próprio Senhor predisse que essas coisas haveriam de vir. Ele preveniu e ensinou os membros da Igreja, preparando-os e animando-os com palavras de previdente exortação para que, quando viessem os sofrimentos futuros ? fome, guerras, terremotos e pestes que previamente anunciava e profetizava ? pudessem suportá-los com perfeita constância.<3> III) Analisando a passagem de Lc 2,29 o autor destaca que após Simeão ter visto o verbo de Deus encarnado, ele mesmo confirma sobre si o desejo de morrer. A confiança do profeta em Deus, serve testemunho para todo cristã da época. Por isso, quando o Cristo, recém-nascido, veio ao templo com sua mãe, conheceu no Espírito que havia nascido Aquele de quem tivera revelação. E assim que o viu, soube que estava prestes a morrer. Alegrando-se, então, pela morte próxima e certo do chamado iminente, tomou nas mãos o Menino e, bendizendo o Senhor, exclamou: "Despede agora, Senhor, o teu servo, em paz, segundo a tua palavra; pois os meus olhos já viram a tua salvação". (Lc II, 29). Reconheceu assim e testemunhou que só haverá paz e repouso livre e tranqüilo para os servos de Deus quando, retirados os reboliços deste mundo, caminharmos para o porto seguro da eterna morada e quando, vencida esta morte, chegarmos à imortalidade. <4> IV) A luta contra o mal consiste em não atender aos vícios da carne. Apresenta dicotomia entre corpo e alma; pois na verdade o estoicismo cristão tinha uma preocupação acentuada com a dor moral, já a dor física nem tanto. Logo, o pensamento estóico cristão permeia este escrito. A nossa luta é com a avareza, com o despudor, com a ira e com a ambição; a nossa batalha contínua e penosa é contra os vícios da carne e as seduções do século. O espírito do homem, cercado e oprimido de todos os lados pela perseguição, a custo consegue atender a cada um desses golpes.<5> Durante a perseguição de Valeriano , Cipriano recusando-se a participar dos cultos , é preso em 14 de setembro de 258 e decapitado. <1> Idem, p.292. <2>Disponível em <http://www.capela.org.br/Santos/mortalitate.htm>. Publicado n'' A Ordem, Novembro de 1941.Acesso em 07 de outubro de 2006 às 21h:55mm. <3> Idem, 4º parágrafo. <4> Idem, 3º parágrafo. <5> Idem, 4º parágrafo. <6> Idem, 5º parágrafo. <7> Idem, 6º parágrafo. <8> Idem, 7º parágrafo.


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