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JUVENTUDE : AMOR E SEXO ? Por uma afetividade dialogante


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O livro vem preencher a lacuna que faltava à pastoral e abrir espaços para outros aprofundarem estas idéias, sendo o princípio de uma reflexão com os assessores da juventude nas questões de afetividade. O autor percebeu que há uma desinformação generalizada do jovem sobre si mesmo em relação a sexualidade e a sexo, e os poucos conhecimentos que o jovem tem, ainda são deturpados, pois a família normalmente se fecha para tal assunto, a escola na sua maioria não assume de frente este assunto, é visto apenas superficialmente, de forma inibida.
Devido a tais fatos, o jovem recebe informações na rua ou nos meios de comunicação que privilegiam o erotismo e deturpam totalmente a beleza do sexo, do carinho, da emoção, da sensação, da amizade e do relacionamento entre as pessoas de sexo diferente. Mesmo com a pastoral da juventude, com todos os esforços empenhados em ajudar o jovem a elucidar suas dúvidas, o crescimento afetivo e sexual do jovem continua sendo um desafio.
Esta obra é voltada para os movimentos das igrejas, onde abrange vários pontos relacionados ao desenvolvimento sexual do indivíduo. Inicialmente há uma reflexão a respeito do namoro na Pastoral da Juventude, onde o autor qualifica como sendo o namoro um ?quebra galho?, um passatempo entre dois jovens para que os mesmos se conheçam, e explica que o namoro não é sexo, mas um período de descobertas e curiosidades interpessoais, e que há uma preocupação da igreja em relação a ele. Pe. Jerônimo comenta a respeito do que é a Pastoral dos namorados, mais ligada à psicologia onde baseia-se o relacionamento EUxTU, a partir do consciente, inconsciente e subconsciente dos indivíduos, comenta a respeito dos encontros (movimentos) de namorados dentro da igreja, comenta a respeito do namoro dentro de uma sociedade de consumo, com algumas dificuldades que o atrapalham, mostrando graficamente alguns aspectos.
Comenta-se sobre o namoro adolescente, que para ninguém mais é estranho, mas todos se preocupam. Sobre o noivado evidencia-se alguns fatores que podem prejudicá-lo como o machismo, grau de parentesco, diferenças de instrução, condição social, religião e idade. Sobre o casamento Gasques diz que está baseado no amor, que para ele significa: conhecimento, estima, amizade, confiança, respeito, dom de si e principalmente viver em comunhão.
Questões preocupantes a respeito da afetividade do jovem e a sexualidade juvenil que reconhece ser reprimida entre o medo e a desinformação, sobre o homossexualismo e fatores que o envolve, tais como fisiológicos, familiares e sociais, sobre a solidão na juventude, onde a vida afasta o jovem de relacionamentos amorosos, assim como os artistas que se isolam em decorrência da fama, como cita o caso de Milton Nascimento em uma entrevista falando de suas emoções, são levantadas. Um trecho do livro retrata bem tal situação, veja: ?Neste mundo de desordem estabelecida, criada pelos burgueses, não há lugar para a afetividade. Não se valorizam as relações de fraternidades porque o que vale é o poder, o domínio, o econômico, a despersonalização e, por isso, as pessoas acabam ficando sozinhas. Sozinho consigo mesmas, com os outros. Poderíamos dizer que a sociedade capitalista produz a solidão porque é por demais materialista. Uma sociedade que matou os valores espirituais
para justificar suas opções e dar, como consequência, na solidão. Criou-se um ambiente de despersonalização e de opressão que favorece a eclosão de revoltas e de violências, resultados da pobreza e da miséria reinante. Fez emergir um proletariado sedento de reformas e tenso de solidão existencial?.
Outros assuntos abordados pelo Pe. Gasquez é a amizade, tão difícil e rara, a saudade, que fere nossa interioridade, a frustração, uma situação esperada não alcançada que muitas vezes pode gerar agressão e masturbação, que trata como fator evolutivo, ou seja, contribuindo para o amadurecimento afetivo-sexual ainda citando alguns tipos como a de adolescentes, compensatória, por necessidade, patológica, por indicação médica e hedonista.
O autor comenta a respeito das dificuldades da educação sexual, quando cita o grande debate sobre a Educação Sexual nas Escolas
, e trata também a respeito da responsabilidade do confessor, pois eles podem afastar o jovem da igreja se não for sexualmente educado. Ao final, Pe. Jerônimo entra nas questões da espiritualidade, se haveria respostas para todas as questões surgidas dos jovens, passando a analisar o namoro à partir da fé e apoio da pastoral da juventude, pois a fé imbuída de uma vivência sadia, gera afetividade, o que falta em muitos casais de namorados, defendendo então a idéia de que há possibilidade de uma espiritualidade no namoro.
O autor diz na conclusão final que este livro não encerra a palavra e nem tampouco fecha suas páginas com todas as soluções, é antes de tudo um princípio e não um fim, fazendo-o de instrumento de reflexão, estudo e questionamento, uma possibilidade de diálogo com seu interlocutor: jovem, assessor, educador, entre outros.


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