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O Vigário de Cristo


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Não obstante, a falsidade nunca se conseguiu que Carlos Magno e os outros réis ou reizinhos ocidentais prescindissem de seu título de Vigário de Cristo em seus respectivos territórios. Também é verdade que o usaram em seu sentido terreno de Vigário do Rei dos Reis. Durante vários séculos ainda os papas tiveram que contentar-se com o título de Vigário de Pedro (e Paulo).(O Patriarca de Constantinopola o teve muito pior; durante muitos séculos a sua posição no Império bizantino se assemelhava à de um subsecretário de assuntos religiosos). Os papas ainda esperaram até ao século XI para de apoderar-se do tão ansiado título de VIGÁRIO DE CRISTO mas não em seu sentido terreno mas no sentido divino de vigário de Deus.

O termo se começava a usar pela primeira vez no pontificado do Papa Adriano IV (1154-1159), único inglês a alcançar o pontificado, e foi imposto definitivamente por Inocêncio III (1198-1216). Numa passagem que faz parte do direito canónico, este declara que o pontífice romano é "o vigário na terra, não de um mero homem, mas do mesmo Deus;" e também: "agora podem ver quem é o servidor que é posto sobre a família do Senhor; verdadeiramente é o Vigário de Jesus Cristo, o sucessor de Pedro, o Cristo do Senhor; colocado entre Deus e o homem, deste lado de Deus, mas mais além do homem; menos que Deus, mas mais que o homem; quem a todos julga, mas não é julgado por ninguém". João XXII, nos princípios do século XIV, ia ao extremo de deixar-se chamar "Dominum Deum nostrum Papam" ("Nosso Senhor Deus o Papa"). Mas toda esta megalomania não era nova, já no século IX o Papa Estêvão V havia manifestado: "Os papas, como Jesus, são concebidos por suas mães ao ser cobertas pelo Espírito Santo. Todos os papas são uma espécie de homens-deuses, com o propósito de ser mais capazes de servir as funções de mediadores entre Deus e a humanidade. Todos os poderes do céu e da terra lhes são concedidos."

O surpreendente de todos estes títulos é que são, dentro do cristianismo, abertamente blasfemos e a negação total dos Evangelhos que todos estes papas supostamente teriam que ter defendido com toda a sua alma. A palavra "VIGÁRIO" significa: pessoa que SUBSTITUI ou ocupa o lugar de outra,com poderes idênticos e faculdades similares. A Igreja adaptou este significado a seus propósitos para fazer a seguinte definição:"Vigário de Cristo significa"Fazer as vezes de Cristo", ensinando, governando, dirigindo, animando e servindo a todos os fiéis. Cristo "já" morreu, ressuscitou e subiu ao céu mas deixa em seu lugar aqui na terra o Papa, que tem uma especial assistência do Espírito Santo para poder cumprir esta missão de representar a Cristo." O já entre aspas foi introduzido de forma quase subliminar, como sem importância, mas é uma saída total dos Evangelhos.

É lógico considerar que alguém apenas necessita de um substituto, um vigário, se ele mesmo não está. Mas segundo as supostas Escrituras Sagradas, Jesus Cristo prometeu estar com os seus discípulos ?todos os dias, até ao fim dos tempos.? (Mat. 28,20). Ele estaria presente no meio deles quando se reunissem em Seu nome:?Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu, no meio deles..? (Mat. 18,20),e receberiam resposta aos pedidos feitos ao Pai, em nome de Jesus..."E tudo o que pedirdes em meu nome eu o farei".., ?Se me pedis algo em meu nome, eu o farei.? (Jo. 14,13-14). Ou seja, não somente Jesus não necessita de nenhum vigário, mas parece que os crentes também não necessitam de nenhum intermediário, nenhum Papa, nenhum sacerdote para poder dirigir-se a Jesus ou a Deus Pai. Parece que mesmo a "Santa" Igreja, pelo menos na sua actual forma de instituição hierárquica, sobra por completo. Quanto tinha mudado a Igreja - no seu sentido original de reunião dos fiéis onde os presbíteros e os bispos fossem eleitos pelo "Povo de Deus" e representavam este - desde suas longínquas origens, para converter-se numa instituição totalitária em que o Papa, bispo dos bispos, representava directamente a Deus (Pai e Filho e Espírito Santo) para desta forma melhor poder aterrorizar os fiéis ingénuos (que dentes tão grandes tens, avozinha!).

A única que não parece necessitar de nenhum representante - aparte algumas curandeiras e visionárias que trataram de atribuir-se este papel - é a Virgem. Surpreendente, já que ela, muito mais que Jesus, é a principal receptora dos pedidos, anseios, rezas, procissões, orações, velas, rosários, novenas, peregrinações, invocações, etc. por parte dos esperançados fiéis crentes.


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