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O legado de Voltaire


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François-Marie Arouet, filósofo e escritor, nasceu na França no ano de 1694, recebeu rigorosa instrução religiosa através do pai e do irmão mais velho, o que o levou a hostilizar as religiões, principalmente o cristianismo, motivo pelo qual negaram-lhe o direito à sepultura cristã após o seu falecimento.

Tanta polêmica de cunho religioso motivou que o seu nome fosse frequentemente associado ao anticlericalismo e a um suposto ateísmo.

Após sua prisão na Bastilha, François fcou conhecido pelo pseudônimo de Volteire. Na época em que residiu na Inglaterra, teve influência de pensadores como John Locke, Hobbes e Isaac Newton, se encantando com as liberdades de expressão e de religião que encontrou no território inglês.

Quando retornou ao pais de São Bartolomeu, Voltaire ficou horrorizado com as terríveis perseguições religiosas, não poupando esforços para censurá-las através de suas publicações. Além disso, a sua atuação não se restringiu apenas ao campo filosófico. Ele também partiu para a ação, protegendo e abrigando algumas vítimas de perseguição religiosa.

Com 83 anos de idade, Voltaire voltou a sua cidade natal, Paris. Já em Paris recebeu visita de Benjamin franklin, que se apresentou acompanhado de neto. Volteire recomendou ao jovem americano, neto de Franklin, que se dedicasse a "Deus e à liberdade".

Voltaire indubitavelmente deixou uma ótima impressão no pensamento de Benjamin Franklin , o que trouxe positivas consequências para a história da humanidade.

O conselho de Voltaire - dedicação a Deus e à liberdade - pode ser traduzido em tolerância e liberdade religiosa. Uma genuína dedicação a Deus não implica a imposição forçada de crenças religiosas.

Antes de morrer, Voltaire pediu aos seus amigos que se inscrevessem em sua lápide as seguintes palavras: "Ele defendeu Calas". Voltaire havia defendido um comerciante chamado Jean Calas em face de cruel perseguição religiosa que arruinou toda a família.

O maior legado que ele deixou foi: o apreço pelo direito à liberdade religiosa. Após sua morte, em 1778, a liberdade religiosa seria consagrada com o advento das Revoluções Francesa e Americana.

Os abusos da religião outrora observados inspiraram diversas manifestações de intolerância, agora praticadas em nome da religião, como destruição de ''Bíblias e o fechamento de instituições religiosas. Felizmente os horrores dessa fase da Revolução Francesa foram rapidamente superados com a consolidação do liberalismo político.

A dignidade da pessoa humana é o fundamento jurídico do direito à liberdade religiosa. A diversidade religiosa existente na sociedade é protegida pelo Estado, em razão da sua neutralidade. Importa mesmo que cada cidadão tenha liberdade para escolher e praticar as suas crenças, sem qualquer tipo de opressão.

O direito à liberdade religiosa nos dias de hoje não é menos importante do que foi no tempo de Voltaire.



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