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ALINE - Os sete saberes necessários à educação do futuro


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E MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à Educação do Futuro. 8ª ed. São Paulo: Cortez, 2003. Em sua obra, Edgar Morin enumera os saberes necessários à Educação do Futuro, ao mesmo tempo mediada e mediadora da reforma do pensamento, imprescindível à sobrevivência humana. O primeiro saber enumerado pelo autor trata das possíveis manchas capazes de turvar a pertinência do conhecimento, suscetível à falha do homem, uma vez produtor ou transmissor desse mesmo conhecimento. Afirma que à Educação, cabe o papel de investigar a origem de tais manchas, por sua vez, oriundas das mais diversas fontes: das falhas de memória e deficiências da percepção; da resistência a idéias adversas; da confusão entre racionalidade (aberta e consciente de suas insuficiências) e racionalização (fechada e doutrinária); da divisão do todo em pólos, oposições; do imprinting cultural que transmite idéias recebidas sem exame e da noologia, composta por idéias e crenças capazes de possuir e controlar o homem. Um educador que visa à Educação do Futuro, precisa então conhecer os princípios do conhecimento válido, pertinente. Para a obtenção de tal conhecimento, como já foi mencionado anteriormente e Morin repete ao longo de sua obra, faz-se necessária a reforma do pensamento. A educação deve contextualizar informações; ampliar a visão; capacitar o indivíduo de atrelar as partes ao todo; desenvolver a inteligência multidimensional e a compreensão da complexidade inerente ao ser humano. Até meados do séc. XX, a ciência obedeceu aos princípios de redução, limitando o conhecimento do todo, ao conhecimento de suas partes, ignorado assim os laços existentes entre cada uma delas. As especializações cada vez mais desdobráveis em muito agravaram esse quadro, condicionando o olhar a enxergar o humano em peças, de maneira mecânica e superficial. O educador não pode ignorar este cenário e muito menos que é nele em que o homem permanece inserido. Morin ressalta a importância de ensinar a condição humana que por sua vez, está atrelada à condição cósmica, física e terrestre do ser humano como vitalmente dependente da biosfera terrestre e da harmonia da mesma. É preciso perceber, através do conhecimento acerca da evolução do homem, que a animalidade e a humanidade constituem unidas a condição humana. A cultura é o elemento que permite ao homem ir além de suas limitações biológicas e se diferenciar das demais espécies que coexistem no planeta, destacando-o por sua unidade tanto quanto por sua multiplicidade. Todo homem carrega em si aquilo que o diferencia, o faz único, ao mesmo tempo em que carrega toda a espécie humana em sua genética. Todo homem é dotado de linguagem ao mesmo tempo em que cada sociedade possui a sua língua. Define-se por cultura, tudo aquilo que pode ser produzido pelo homem, assim como cultura é também, cada particularidade de determinada sociedade. Afirma Morin: Diz-se justamente a cultura, diz-se justamente as culturas. Cada indivíduo carrega consigo todas as dualidades permitidas por sua natureza humana: o sábio e o louco; o trabalhador e o lúdico; o científico e o imaginário; o prático e o poético. Não se deve limitá-lo a um nem a outro, assim como atribuir qualidades ou defeitos a somente um deles, pois não se trata de um nem de outro, mas sim, de ambos. Além da condição humana, cada indivíduo deve conhecer também, segundoMorin, a sua identidade terrena. Afirma termos desde o século XVI, ingressado na era planetária e desde o século XX na era da mundialização. O mundo torna-se menor, em cada parte encontra-se o todo e todas as partes se interdependem para o melhor e para o pior. Apesar disso é cada vez mais difícil olhar para uma parte e enxergar nela a presença do todo. Convive-se hoje com novos perigos, e a idéia da morte não é mais individual, a morte atingiu neste século proporções planetárias. A presença das armas de extermínio em massa confronta o planeta a uma nova realidade. Descobriu-se que a evolução tecnológica é na verdade ambivalente e não trouxe apenas o progresso. E de acordo com o autor, a esperança do despertar de uma nova consciência, encontra-se na cidadania terrestre, que tem como sua principal aliada a educação. Muitas são as incertezas com que hoje o homem vê-se obrigado a conviver: a incerteza do futuro; do progresso; do conhecimento e, sobretudo, a incerteza do desdobramento de seus atos, ao que Morin nomeia de ecologia da ação. Mais do que nunca, é preciso ensinar a compreensão, exercitar a tolerância e o autor apregoa também à educação, esta tarefa. A reforma do pensamento, atrelada a todos estes princípios, é regida também pelo que Morin chama de antropo-ética que, de acordo com ele, baseia-se em: assumir a condição humana; alcançar a humanidade em nós mesmos e nossa consciência pessoal; assumir o destino humano em suas antinomias e plenitude. Como primeiro passo fica aqui a sugestão de uma auto-análise sincera e sem máscaras, pois enquanto o ser humano for incapaz de se enxergar, liberto das inverdades que diz a si mesmo, tão pouco será capaz de enxergar o outro em toda a sua complexidade. screva o seu resumo aqui.


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