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Tecendo a Liderança Humana - O Mestre


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Morte: A Inimiga.
Enquanto não morreres e não tornares a levantar-te,
Serás um estranho para a terra escura.
Goethe (1749 - 1832).

O rei está morto; viva o rei. Na natureza nada se perde. Em muitas sociedades primitivas, todos os anos, o velho rei é simbolicamente morto, desmembrado e ritualmente "comido" para assegurar a fertilidade das novas colheitas e a revitalização do reino. As igrejas cristãs de hoje preservam uma idéia semelhante na Sagrada Comunhão, em que os paroquianos compartilham do pão e do vinho, símbolos do corpo e do sangue de Cristo, a fim de dramatizar a recente incorporação do Espírito de Cristo dentro de si mesmos. Mas o Herói interior , o Tecelão da Liderança Humana, não está morto, mas saiu à conquista do novo mundo. As partes fragmentadas do homem velho, ainda vitais e úteis, serão reajustadas e re-ajuntadas para tecer o novo homem, o Líder Mestre.

Aqueles que alcançam este estágio da liderança humana, conquistam o poder do Mestre, naturalmente reconhecem que vários fatores intangíveis desempenham um papel fundamental na vida "material", superiores àqueles que geralmente se acredita popularmente. São cônscios dos anseios mais profundos da alma humana.
Sintônicos com nuanças e sutilezas inimagináveis ao homem comum, interagem e retroagem com as dimensões mais profundas vitais: física, emocional, psíquica e espiritual. De tal sorte que, contatam a unidade de toda a criação despertando um amor abrangente e incondicional.
Percebem o mais leve desequilíbrio, em sua circunjacência, na freqüência daqueles que se aproximam, sendo capazes de reajustá-la pró-ativamente e por empatia.
A Missão do Líder Mestre, aqui está escancarada, impessoal e universal, é ser e servir de instrumento transformacional e de ruptura dos modelos mentais enraizados, das crenças que enrijecem o livre pensamento, e de proposição de novos paradigmas libertadores e holísticos para o contexto da sociedade hominal.
Para o sucesso desta transmutação é condição primordial "O desmembramento", aqui simbolizado pela morte psíquica do homem velho . A morte retrata o momento em que a pessoa se vê "feita em pedaços", ou "frangalhos" - espalhada - com a velha personalidade e os modos quase irreconhecíveis de tão mutilados.
Mesmo encarado simbolicamente, este "desmembramento" é difícil de aceitar. Somos criaturas de hábitos. No nível mais superficial resistimos a mudanças em nossa vida cotidiana - até a mudança que nós planejamos conscientemente. Quando, depois de anos de poupança e antecipação, finalmente mudamos para a casa própria, o lar dos nossos sonhos, tão ansiosamente esperado, sentimo-nos, não obstante disto, tristes por deixar a velha residência alugada. Ou quando, afinal, efetuamos uma desejada transformação em nossa vida ou costumes pessoais, como deixar de fumar, ainda choramos as antigas maneiras de viver. Sentimos falta dos maus hábitos também - daqueles que chegaram, sentiram-se à vontade conosco e ficaram, forjando o nosso padrão comportamental. A separação é triste, porque nos afeiçoamos a tudo: às pessoas, aos animais, às coisas. Fomos educados e recebemos estímulos constantemente para possuir, é a cultura do ter, necessitamos que tudo nos pertença, não queremos perder nada - até os dentes que se estragam e os cabelos que se vão. Estamos especialmente ligados aos modos instintuais de nosso corpo natural.
As sementes da colheita da Morte terão alcançado a maturidade. Veremos levantar-se um novo ser humano, o Tecelão da Liderança Humana, renascido da terra escura. Mas entre a ceifa do velho e a maturação do novo há um período de luto negro. Referindo-se a esse estádio da jornada para o autoconhecimento, os alquimistas usavam o termo mortificatio. Bem-aventurados os que choram. Quem quer que pranteie a amputação de uma reação inconsciente que fez parte dele desde a infância, ou quem quer que deplore a perda de alguma rígida projeção que por muito tempo serviu de apoio a um ego vacilante, pode considerar-se abençoado. Será, finalmente, premiado com os poderes extra-sensoriais do Líder Mestre.


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