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Subjetividade, argumentação e polifonia


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O texto de Norma Brandão, cujo título é Subjetividade, Argumentação e Polifonia, discute basicamente as manifestações da subjetividade em três âmbitos : filosófico, lingüístico e discursivo. Na primeira abordagem, a autora discute a subjetividade enquanto representação, isto é, o significado, para os primeiros filósofos, existia tão-somente no mundo real. Portanto, para o homem era relegada a condição de reconhecer, não sendo possível a ele construir reflexivamente o saber. Podemos inferir, assim, que a subjetividade na filosofia grega está claramente associada à consciência, ou seja, à capacidade de reconhecer e produzir o sentido do real através de idéias. Na abordagem lingüística, identificamos duas tendências: a positivista e a demonstrativa. A primeira afirma que o sentido está no real; não admite, pois, discussões acerca da significação. Para a última, ao contrário, a linguagem serviria como indicadora do sentido, sendo dependente de todo um contexto para que haja compreensão efetiva de qualquer texto. Na última abordagem, a autora propõe uma reflexão a respeito de sentido e sujeito em Pêcheux, a fim de identificar o estatuto dado às manifestações de subjetividade na Análise do Discurso. O analista do discurso ao qual fizemos referência possui três momentos de estudo importantes para o entendimento do sujeito. O primeiro discute a relação sujeito/estrutura, deixando claro que a estrutura determina os sujeitos como produtores de seus discursos, em função da interpelação ideológica da mesma. O sujeito aqui é preso por amarras sociais significativas, já que não pode falar aquilo que deseja, mas aquilo que é determinado pela estrutura. O segundo momento enfatiza a noção de interdiscurso, reconhecendo que toda formação discursiva é constituída por outros discursos. Para Pêcheux, o sujeito se ?esquece? e por isso se assujeita, o sujeito elege algumas formas, podendo ocultar outras e o sujeito, por fim, cria uma ilusão de que está dizendo o real. O último momento é marcado pela presença do outro, portanto, pelas várias posições assumidas por um sujeito. Devido a isso, é de grande valia refletirmos sobre a necessidade de buscar no cerne do discurso as marcas de uma ideologia dominante, como já propunha Brandão (1998).


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