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Introdução aos estudos lingüísticos: Gramática Hindu e Gramática na Idade Moderna
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A Gramática hindu Os primeiros a estudarem a língua foram os antigos hindus, que o fizeram por questões religiosas. O estudo tinha importância para a preservação dos textos sagrados. Analisaram com exatidão sons e formas do antigo indiano e impulsionaram a criação da gramática comparativa das línguas indo-européias. Fizeram descrições fonéticas e gramaticais que foram esquecidas com o tempo, e apenas no final do século XVIII foram redescobertas. Os hindus limitaram-se a classificar os fatos sem procurar explicações. Devido a antiguidade de textos considerados sagrados empenharam-se a ensinar como interpretá-los, e depois fizeram o mesmo com a língua das classes nobres, ?formulando regras e listas de formas descritivas do tipo correto de língua a que chamaram sânscrito? (BORBA, 1975, p.18). O mais conceituado gramático hindu foi o Pãnini (séc. IV. ac). Com bases em observações e experiências, já possuía a distinção entre radicais e sufixos. Ao contrário de gregos e romanos, não se preocupavam com a origem da linguagem. Fizeram grandes descobertas a cerca da formação fisiológica dos sons, relacionando processos fonéticos e sons semelhantes. Chegaram às distintas formas flexivas, os casos de sua língua e as flexões verbais. A gramática na idade Moderna Na idade Média, após o Cristianismo, com a tradução da Bíblia para diversas línguas os estudos lingüísticos evoluíram apesar dos evangelizadores não terem esse objetivo de estudo. Estudiosos da Itália interessaram-se pelos problemas da linguagem e na relação entre os dialetos reconhecendo que na Itália havia 14 dialetos diferentes. O latim falado rumava para sua divisão nas línguas românicas, mas na escrita persistia a forma clássica do latim antigo, e foi esse latim antigo que foi estudado na Idade Média. Os estudiosos da época distinguiram nomes de adjetivos e as diferenças entre concordância, regência e aposição. Sendo o latim clássico, visto como ?a forma logicamente normal da linguagem humana? (BORBA, 1975, p.19) não se buscavam comparações com outras línguas. Buscando compreender primeiramente o mais simples, as gramáticas latinas da Idade Média dispensaram os estudo da sintaxe, e voltaram-se para morfologia, lexicografia e ortografia. Com a propagação do Cristianismo, da tradução da Bíblia para vários idiomas e da concepção de todos os homens são irmãos, no fim da Idade Média o interesse por outras línguas cresceu e os estudos gregos e romanos foram acrescidos de estudos do hebraico e do árabe. Movimentos religiosos acontecidos naquela época proporcionavam contato com línguas desconhecidas que geraram dicionários e gramáticas relativas a essas novas línguas descobertas. Com o Renascimento todas as tendências se acentuaram e os clássicos gregos foram resgatados. Os estudos buscavam agrupar os dados recolhidos e uma das maneiras com que isso foi feito foi agrupá-las segundo os dados espaciais, classificações geográficas que puderam estabelecer algumas relações entre as diferentes línguas estrangeiras. O primeiro dicionário poliglota foi organizado pelo italiano Ambrosio Calepino que conseguiu grandes êxitos e foi diversas vezes publicado. Muitos outros livros foram surgindo com diferentes repertórios das línguas estrangeiras. Para estabelecer relações entre os dialetos começou-se a classificar as línguas em famílias e por quase dois séculos acreditou-se que o hebraico era a língua-mãe, da qual que originaram-se todas as outras.
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