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Introdução aos estudos lingüísticos: Filologia e Comparativismo


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A Filologia A filologia veio do antiguidade grega e era usada para ?designar o gosto pela conversação elegante, erudita, artística? (BORBA, 1975, p.21). Na Alemanha de 1777, Wolf e os seguidores de seu pensamento entendiam filologia por ?ciência da antiguidade, conhecimento do mundo antigo na sua totalidade? e hoje é vista como ?compreensão da construção do espírito humano na sua totalidade? (BORBA,1975, p.21) A filologia abrange também alem da língua, a historia literária, dos costumes, das instituições, etc, fazendo uso do método crítico para comparar textos de diferentes épocas e autores dando início a lingüística histórica que estava surgir. A filologia falhava por tomar apenas a língua escrita, esquecendo-se da língua viva. Comparativismo Começa o período científico da lingüística. As pesquisas de comparação entre línguas. Foram recolhidos dados de muitas línguas diferentes e copilados livros que reuniam esses dados, que embora fossem um pouco vagos, serviram para atiçar o interesse pela pesquisa de outras línguas. Algumas dessas obras chegaram a classificar cada uma das línguas. Esse interesse por línguas estrangeiras esbarrava em problemas como o fato dos estudiosos estarem ?presos? aos modelos filosóficos, e não perceberem a diferença estrutural das línguas e tentavam encaixar as línguas estrangeiras no modelo gramatical latino. Nasce a concepção de que ?as línguas são preservadas pelo uso de um povo educado e cuidadoso e sofrem mudanças por causa das corrupção vulgares (BORBA, 1975, p. 24). Os estudiosos viam relações de proximidade entre as línguas, mas a crença a cerca de corrupção vulgar impedia-os de ver a relação entre as línguas. Por acharem que o latim ainda continuava vivo, começaram a buscar a derivação das línguas contemporâneas, tendo como tronco o hebraico devido a crença religiosa. Alguns estudiosos buscaram derivar todas as línguas de sua própria língua materna. As línguas européias foram divididas em 3 grupos: Germânico (inglês, holandês, alemão, sueco, dinamarquês); Românico (francês, italiano, espanhol, português); Eslavo (russo, polonês, boêmio, sérvio), mas só para critérios de proximidade sem nenhuma comparação. Com a descoberta do Sânscrito no século XIX é que se percebe o parentesco lingüístico. Percebem-se as semelhanças do grego e do latim. O sânscrito foi considerado língua-mãe de todas as outras línguas, mas isso durou pouco tempo, e logo se percebeu que o sânscrito era uma língua irmã do latim e do grego, e que todos variavam de uma língua ainda mais antiga. A partir daí começa-se a comparar as línguas à procura de parentescos entre elas. Um novo método foi descoberto: era preciso verificar a construção geral da linguagem e a constituição gramatical de cada língua a ser comparada e não simplesmente a coincidência de alguns termos isolados. Muitos autores deram valiosas contribuições para o aprimoramento do método comparativo. Deixou-se de lado os preconceitos filosóficos da gramática geral e se buscou o desenvolvimento real de cada língua estudada. O indo-europeu é reconhecido como língua mãe das línguas até então estudadas e começa-se a buscar o indo-europeu nos estudos. O comparativismo, embora tenha sido muito valioso para o estudo das línguas, ainda não era uma verdadeira ciência, pois contentava-se em comparar as línguas sem perceber a que as comparações levavam ou as relações que se poderiam estabelecer a partir delas. Só mais tarde a comparação foi vista como um meio e não um fim. O aprofundamento dos estudos levou a constatar que as antigas anomalias derivavam de regras novas recém descobertas. Os Neogramáticos Afirmavam que ?toda mudança fonética se realiza de acordo com leis que não reconhecem exceção? (BORBA, 1975, p. 29) o que criou grande polemica entre os estudiosos. Essa ?ausência de exceções? era válida quando não anuladas por outras ou fatos singulares que forçassem isso a acontecer. Uma lei fonética era a condição que levou a uma mudança de uma serie de casos ou de um caso em particular. Preocupação exclusivamente diacrônica; interpretação fisiológica das mudanças lingüísticas; a língua era uma única unidade (excluía variações); fronteiras lingüísticas; trabalhava só com palavras ?herdadas?, empréstimos de outras línguas eram desconsiderados; ordem natural, perspectiva histórica.


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