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Tupi - Língua Asiática


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Um estudo lingüístico comparativo do Tupi e línguas do Oriente antigo, o texto no Prefácio apresenta o autor e seu trabalho na área de pesquisa minuciosa para demonstrar a antiguidade e a origem asiática da língua Tupi. Ele estudou cerca de 75 idiomas das Américas permitindo a anexação ao contexto das línguas nativas; conviveu com os índios Terena, Guaicuru e Chiriguana, e a partir de l960 passou a realizar a pesquisa detalhada sobre as línguas nativas da América. Na Introdução fala sobre a extensão da região ocupada pelos Tupis - encontrando-se tribos pertencentes a esta família linguística desde o Suriname, passando pelo Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai, Bolívia, Peru e Equador. Antigamente também influenciou a região do Caribe e Sudeste dos Estados Unidos. O Tupi é uma língua que persiste há séculos. No Brasil foi assimilado, mas legou ao europeu toda riqueza de seu vocabulário em uma variedade de nomes da flora e fauna, instrumentos de caça e pesca, pratos típicos, utensílios, além do linguajar cotidiano. O Tupi-Sumeriano se deu na Mesopotâmia e Vale do Indo há milhares de anos. Supõe que esse povo tenha migrado para a América sem ter alterado a linguagem, mas enriquecendo-a com os contáctos com o antigo Maia ou proto-sino e aculturado levemente com o chinês e o japonês. A explicação que ele dá aos estudiosos quanto aos estágios primitivos das tribos Tupis é que apesar de sua origem Sumeriana, eles regrediram ao se instalar num mundo novo exuberante onde a subsistência se tornou mais fácil e a agricultura perdeu importância. Viviam em grupos de até 100 indivíduos com hábitos nômades, ficando em torno de seis anos num mesmo local. A observação e uso dos recursos naturais tornou-se mais importante para eles; pouco importavam construções mais sólidas ou fortificações. Criou fábulas para sua recreação e convívio pacífico com outros grupos. Deixou influências em todas as línguas da América do Sul e algumas da América do Norte ( Chiapanena, família Uto-asteca, a Hoka e o Catawba, dialeto Sioux da Carolina do Sul). Cita o "Lexique Sumérien-Français" de Hilaire de Brenton e o "Pequeno Vocabulário Tupi-Português" do Padre Lemos Barbosa para exemplificar similariedade entre o Sumeriano e o Tupi, citando 100 vocábulos idênticos ou quase idênticos nas duas línguas. Através de consultas a várias bibliotecas em São Paulo, catalogou cerca de 600 dialetos ameríndios, oceânicos, asiáticos, africanos além de antigas línguas européias como a celta, etrusca e o antigo norueguês, além da basca, da húngara, finlandesa, etc. Também coletou vocábulos da acádica-sumeriana, assíria, babilônica, hebraica, fenícia, hitita, etc. O autor aceita a hipótese de Hilari de Barenton de que o Sumeriano é a mãe de todas as línguas e portanto do Tupi e de muitas outras da América indígena. Chama a atenção para a importância que os Tupis atribuiam à Astronomia, conhecendo e nomeando as estrelas de primeira grandeza, constelações, etc, concluindo que deveriam ter sido grandes navegadores.

I-Parte - Vocabulários Comparativos Sumeriano Tupi - Inicia demonstrando as correspondências fonéticas entre as duas línguas, e depois divide a pesquisa em: a) Fenômenos e elementos da Natureza (36 vocábulos ); b) As partes do corpo ( de 37 a 74 vocábulos); c) nomes de pessoas e parentes ( de 75 a 104) - lembrando que em Tupi todos os nomes de parentes são acompanhados do sufíxo "yra" (diminutivo carinhoso) que corresponde as sufixo "erh" do chinês e provém do "ir" (pequeno) sumeriano; e "in" usado como vocativo; d) Partículas e elementos gramaticais ( 105 a 194); e) Substantivos, Verbos, Adjetivos fundamentais das línguas Sumeriana e Tupi (195 a 392 itens) - lembra que alguns termos não constam do Vocabulário Sumeriano-Francês, mas constam nos idiomas assírios e hebráicos com raízes indo-européias e no velho Sânscrito, em relações indiretas. Considera a mescla de idiomas falados na Baixa Mesopotâmia (assírio, caldaico, hitita, médico, etc) que teriam derivado a língua dos árias que transpuseram o Indo dando origem ao Tupi, Maia, Chinês, etc. Cita exemplos dessas influências ( item 393 ao 426 ).

II- Parte - Aculturações do Tupi com o Maia, Chinês e Japonês - A migração para leste se deu após a estruturação da lingua herdada do acádico-sumeriano; nessa migração fez novos contáctos com outros povos, aculturando-se com o Maia, o Chinês e principalmente com o Japonês. Considera o Maia como uma língua do Velho Mundo por estar ligada: a) ao acádio-sumeriano; b) sul semítico; c) ao bato-sudanês, e dialetos indo-europeus, ao ugro-fino, dravídico, ao sino-tibetano e ao japonês. Apresenta uma relação de 96 vocábulos exemplificando sua conclusão sobre o Maia. Encerra o assunto chamando a atenção para certas influências do japonês sobre o Tupi, no passado remoto, destacando vocábulos de nomes de animais da fauna americana; os Tupis teriam nomeado animais para eles desconhecidos com termos arcaicos de sua lingua só conservados no nipônico.

Exemplos Comparativos do Tupi e a Língua Sumerina: ( abrev. port. = português; sum.= sumeriano; t. = tupi ) - Aurora (port,) = alala (sum.) = arara (t); Chuva (port.) = am (sum.) = ama-ana (t); Mão (port.) = mu (sum.) = mó/mbó (t.) ; Corvo (port) = aribu (sum.) = urubu (t.) ; Rio (port.) = i (sum.) = y (t.); Coisa pequena (port.) = mir-in (sum.) = mir-i (t.); Mosca (port.) = ur (sum.) = uru (t.); Habitação (port.) = uk (sum.) = uca / óca (t.); Pai (port.) = pa (sum.) = pa-í (papai em tupi ) pa-i-é (pajé - idem). Muralha (port.) = kal / kar (sum.) = o-caia (cercado em tupi) = car (celta); terra (port.) = ibbi (sum.) = yby (t.)



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